quinta-feira, agosto 31, 2006

 

Software Educativo

Fotografia tirada na FNAC do Fórum Almada, secção vídeojogos:



Sem comentários...
NR

segunda-feira, agosto 28, 2006

 

De novo o Regresso às Aulas

Chegou outra vez aquela altura do ano. Aquela altura em que todas as cadeias de supermercados se acotovelam, juntamente com os clubes de telemóveis, para um espaço nos muito apertados intervalos para publicidade da nossa televisão.

Não vou falar outra vez dos aspectos que muito perspicazmente cobri há um ano - não gosto de ser repetitivo - mas há uma coisa que me esqueci de mencionar nestes anúncios. É que muitas vezes, sim senhor, regresso às aulas, meninos contentes, corredores e corredores de mochilas... E afinal, o que depois aparece em promoção, são produtos que pouco ou nada têm a ver com a escola. Ou seja, e concluindo, o tão aclamado "regresso às aulas" é apenas mais um pretexto para publicitar, de uma maneira diferente, as mesmas coisas.

Por isso, é frequente ver-se reclames do género:

"Tudo o que o seu filho precisa para o Regresso às Aulas está no Poupakik-Fasesbãe:

Bife de Novilho para assar, por apenas €2,49.

Abacate da Mauritânia, por apenas €1,99 o quilo.

Regresso às Aulas que é Regresso às Aulas, é no Poupakik-Fasesbãe."

E por falar em abacate, que mania agora é esta com o raio do fruto, que nem sequer sabe a nada?! Lá por ter um caroço dos grandes, agora deve achar-se mais que os outros...
NR


sexta-feira, agosto 25, 2006

 

Ser da Autoridade

Ser um indivíduo da autoridade - agente da polícia, guarda, segurança - é ter uma profissão extremamente vantajosa. Se, por acaso, o/a senhor(a) da autoridade não for casado/a, sempre que precisar de companhia para uma saída, basta interpelar um transeunte e dizer:

- Desculpe, o/a senhor(a) vai ter de me acompanhar.

É claro que todo o bom cidadão respeita a autoridade. Conclusão: está garantido um parceiro para esse dia e, quem sabe, se a coisa desenvolver, para o resto do mês.
NR

- Ei, espere lá... Mas isto não é a esquadra... Isto é a Gulbenkian...
- Eh, sim, eu... tenho dois bilhetes para a ópera, e então...
- Desculpe, mas vou-me embora...
- O quê? Quer ir dentro por desacatos à autoridade? Vai ter de me acompanhar e é agora!
- Mas eu...

segunda-feira, agosto 21, 2006

 

Para quem continua com dúvidas...

..sobre tudo o que dissemos sobre novelas e respectivas bandas, captei uma frase de um conceituado músico:
"D'ZRT e Floribella não é música", by João Gil, in Visão
FB

sábado, agosto 19, 2006

 

Os coitadinhos

Uma rápida visualização do blogue de Pacheco Pereira - e friso, rápida, não queremos martirizar ninguém - permite-nos detectar uma grande... como é que eu hei-de dizer isto... Pacheco Pereira tem uma grande lata, pronto. Está dito.

Volta e meia, este homem publica no seu blogue fotografias de diversas partes do país. Mas não, não são fotografias de bonitos monumentos, nem de agradáveis paisagens. São fotografias que, sob um título serial "Retratos do trabalho", mostram gente a matar-se a trabalhar. Assim, digamos, à laia de documentário da National Geographic - mas em vez de serem os animais, ou os nativos, é "vejam que interessante é a vida dos pobrezinhos operários", e tal.

E até dá a sensação de que Pacheco Pereira tira grande prazer desta actividade. Deve sentir-se bem a tirar fotos a quem sua de verdade, enquanto ele guia o seu confortável automóvel, enquanto ele se refastela no seu sofá quentinho para ler, enquanto ele se assenta na sua divertida cadeira giratória para postar mais uma bonita história no seu blogue.

Agora perguntam-se os eventuais leitores do DaUndo: "Mas quem é este palhaço" - o palhaço sou eu, não o Pacheco Pereira. Quer dizer, ele também pode ser palhaço, mas o leitor está a referir-se a mim, neste caso. Bom, voltando à vaca fria - a vaca fria não é o Pacheco Pereira, mas também não sou eu; "vaca fria" é como o povo gosta de chamar ao assunto anterior. Adiante.

Agora perguntam-se os eventuais leitores do blogue: "Mas quem é este palhaço para vir aqui motejar o venerável Dr. Pacheco Pereira? Isso cabe aos grandes bloguistas fazer."

'Tá bem, pronto.
NR

quarta-feira, agosto 16, 2006

 

Desert parte II

Após uma ocasional passagem do meu zapping pela TVI, fiquei a perceber mais um pouco acerca dos D'ZRT.

Prestem atenção a este excerto da letra do genérico da famosa série(novela, não sei), que eu, por mero acaso, ouvi: "(...) Prestem atenção neste jogo de marionetes".

Agora digo eu: prestem atenção a esta frase. A inclusão do em atrás do este, demonstra uma extrema (in)capacidade no domínio da língua portuguesa. Mas atenção ainda não terminámos; marionetes(!) é a cereja no topo do bolo, e temos em nossa presença uma letra verdadeiramente contra as regras da nossa bonita língua.

Na mesma música, estes rapazolas afirmam ainda que querem um Verão Azul(?) após dizerem que querem o calor de outrem. Deixo ao leitor a oportunidade de descodificar este verso : Dá-me esse teu calor/Quero um Verão Azul. Gostava que, quem conseguir descodificar a mensagem, nos diga alguma coisa, porque a nossa vida não foi a mesma desde que ouvimos este verso.

Eu digo-vos, pior que isto só nas bandas que vão à volta a Portugal.
FB

sábado, agosto 12, 2006

 

O que os guias não dizem

Guias, roteiros, panfletos, muito falam eles de museus de arte. Falam nomeadamente da formidável colecção tal, da intemporal obra-prima x, da sublime escultura de beltrano. Mas não só. Também falam da quietude e placidez da localização, do jardim anexo. Falam da limpeza nos corredores e nos lavabos. Da segurança. Da arquitectura do espaço.

Ou seja, falam de tudo, menos do mais importante. Está bem que o principal fim de se abrir um museu é mostrar boas obras de arte ao público, mas o público não é nenhuma máquina de filmar. O público cansa-se. O público precisa de aliviar a pressão do seu próprio peso sobre as suas pernas. Resumindo, o público precisa de sentar o rabo.

E é por isso que é prioritariamente necessário colmatar esta gravíssima falha das publicações turísticas e informar o público dos melhores museus - em termos de assentos.

Por exemplo, o museu de arte da Gulbenkian. É uma admirável e espantosa colecção: começa com artefactos egípcios e acaba na arte do século XX, passando por moedas gregas, tapetes persas, porcelana chinesa, biombos japoneses, pintura renascentista flamenga, arte barroca e pintura do século XIX. Uma delícia para todos os amantes da História da Arte.

Por outro lado, o Museu de Arte Antiga - por muito estranho que possa parecer - dedica-se exclusivamente à arte antiga. Mas não é menos admirável por isso, pois contêm uma infinidade de obras de arte, anteriores ao século XVII, incluindo grandes pinturas de renome como os Painéis de São Vicente de Nuno Gonçalves, São Jerónimo de Dürer, As Tentações de Sto. Antão de Bosch, entre outras. Um verdadeiro seio de Abraão para os amantes de arte antiga, e não só.

Tudo muito bonito, mas e os sofás? Qual dos museus apresenta melhores condições de descanso? Neste caso, não restam dúvidas. Enquanto que a Gulbenkian dispõe de uns confortáveis, porém vulgares, maples almofadados, o Museu de Arte Antiga... Meus amigos, como explicar... Nunca se sentou nem sentiu nada assim. O prazer que se tem ao afundar o corpo na macia e fofa comodidade dos sofás deste museu ultrapassa em muito quaisquer outras volupiosas actividades que se possam exercer. Para pessoas que se deixam levar facilmente pelas tentações, até as desaconselho a exprimentarem estes sofás, pois é mais que certo que não conseguirão levantar-se.

Não me surpreenderia se o Museu de Arte Antiga de Lisboa fosse o melhor do mundo em termos de bem-estar. Mas como é evidente, ainda vai demorar até que alguém compreenda a relevância e dimensão deste assunto.
NR

sexta-feira, agosto 11, 2006

 
Rectificando o post anterior, se algum automóvel estivesse na baliza do Áustria de Viena levava ainda com uma bolada do calcanhar do Nuno Gomes, atenção...
FB

quinta-feira, agosto 10, 2006

 

Inveja para os vizinhos

Assisti ao jogo Austria - Benfica, que se realizou anteontem às oito menos tal da noite. Constatei - com bastante surpresa - que, no espaço atrás de cada baliza, estavam em exposição alguns automóveis. (Acredito que a maior parte das pessoas reparou nisto, pois não havia interesse nenhum no que se estava a passar no campo propriamente dito)

A princípio tal situação deixou-me confuso. Naquele lugar, os carros estavam habilitados a levar algumas boladas, e isso iria com certeza desvalorizá-los. Se queriam publicitar novos modelos sem perigo de danificação, o melhor que tinham a fazer era enfiar os carros dentro da baliza do Austria, onde era mais improvável que a bola chegasse.

Só depois é que eu percebi o estratagema. O que se passa é que os fabricantes de automóveis querem apostar em algo que revolucione as compras. E assim, uma amolgadela no carro deixa de ser um factor de desvalorização, para passar a ser uma valorização. Porquê? Porque deixa de ser uma simples amolgadela, para passar a ser uma bolada disparada por um conceituado futebolista!

Quando este esquema se espalhar por todos os estádios do mundo, ouvir-se-ão diálogos como este:

Vizinho 1 - Já viu o meu novo carro, vizinho? Belo, hã?
Vizinho 2 - Sim senhor, sim senhor. Bom carro, bom carro.
Vizinho 1 - Pois é!
Vizinho 2 - E a amolgadela, onde está? Não me diga que não tem amolgadela.
Vizinho 1 - Então não? Olhe ela aqui, ó.
Vizinho 2 - Quem foi, quem foi?
Vizinho 1 (com orgulho) - Samuel Eto'o, final da Liga dos Campeões do ano passado.
Vizinho 2 - Eh lá... Deve ter custado pouco, deve.
Vizinho 1 - Foi um pequeno sacrifício, mas vale a pena.
Vizinho 2 - Já o meu, não passa de um Rui Costa, apuramento para a Liga dos Campeões de 2006...
Vizinho 1 - Já era altura de comprar um carro novo, vizinho. Agora há esse aí do Lucas Neill, que não é muito caro...
Vizinho 2 - Pois, tenho que ver isso.
NR

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