DaUndo

José Sócrates fez questão de entrar em apoteose no poder. Assim, tal como toda a gente sabe, a sua primeira medida como primeiro-ministro foi aquilo que todos os portugueses estavam realmente à espera: poder comprar as suas aspirinas no Minipreço.

Poder comprar medicamentos nos super e hipermercados é capaz de não ser má ideia, mas porquê limitar a lei às grandes e médias superfícies comerciais? Não seria deveras proveitosa a venda de fármacos nas feiras populares, por exemplo? Ou no mercado tradicional, ou na praça?

Com certeza que sim. Aliás, creio mesmo que não faltará muito para que ouçamos, por entre os conhecidos "É bom e barato" ou "Olhà T-shirt a cinco", vendedores ambulantes apregoando "É barato e faz bem às dores de cabeça, à gota e às dores de barriga" ou "Olhò Ben-u-ron prò mai' novo" ou mesmo "Freguesa, venha ver, venha escolher... Dois xaropes a cinco eiros..."
E não só. Juntamente com as usuais roulottes das Farturas da Adelaide ou Os Cachorros do Gisberto, serão cada vez mais frequentes Os Fármacos do Otávio ou Os Xaropes Caseiros da D. Justina, verdadeiras farmácias ambulantes.

Infelizmente, ainda falta muito para que tenhamos um governo que saiba, realmente, desenvolver as suas ideias. Iniciativa, há; resultados... viste-los...
NR