sexta-feira, setembro 09, 2005

 

Acontece...

Lamento ter de vos estar a narrar, vezes sem conta, acontecimentos em que entro eu e o diabo também. Neste momento devo afirmar que estou num sítio um pouco... encarnado, e em que faz muito calor. Felizmente têm bom material informático, estes gajos do Inferno. Inclusivamente, têm processador com 5 ghz, que eu nunca tinha visto. Até tem mesmo um bom... anti-vírus...

Mas pronto, ora tudo se passou ontem, dia de comemoração da promoção de Vendas Novas a cidade, por isso nomes da música portuguesa actuavam ali ao pé do jardim público. Estão a ver não é?, ali ao pé dos salesianos depois de se passar ao Milénio. E vejo o Diabo e São Pedro sentados num muro duma vivenda particular, ambos a comer amoras. Eles pediram-me que eu os acompanhasse ao seu veículo, um Fiat 500. Enquanto íamos a caminho de Cabrela, local que contém uma entrada secreta para o Inferno...ops, isto não era para dizer...esqueçam! Enquanto São Pedro mudava para a Rádio Renascença, eu contemplava os quatro brincos que pendiam da sua orelha direita... Mas contive-me. Não quis ser sarcástico para com São Pedro. Ora chegámos, saímos do carro e entrámos na casa do povo de Cabrela, aí fomos à recepção e o Diabo recitou para uma tábua de madeira do balcão: Padre Malícias!
- Eh, a frase já não é essa... Um velho qualquer disse isso sem querer e... olha, teve uma morte antecipada não é... - aí São Pedro aclarou a voz - Porca miséria, minha china!
Aí a porta abriu-se. Eu olhei para o Diabo, também ele parecia surpreendido por aquela frase sem nexo. Bem, o balcão moveu-se para trás e deixou à mostra uma passagem para o subsolo, onde uma escada em caracol branca descia. Depois de descermos a escada apanhámos um autocarro que se chamava "Equilíbrio" (eh pá, ando com a mania dos trocadilhos cinematográficos), e pergunta o motorista: Céu ou Inferno?
A resposta foi Inferno. Quando lá cheguei, nada me surpreendeu, excepto um ar condicionado da praça central... ah, lá está outra coisa que também me surpreendeu, o Inferno tinha arquitectura, e era como uma cidade, só que avermelhada. O céu era vermelho e não havia sol, por isso desconheço de onde vinham as luzes, mas concluí que uma coisa tão fatela só podia vir de Carlos Ganhão. Depois foi-me apresentado o meu quarto, e foi quando ouvi uma língua que me pareceu derivada do alemão. Viro-me e vislumbro Adolf Hitler. Entro no meu quarto à pressa e tranco a porta. Depois deixei-me cair na cama e, quando acordei, fui de imediato ao meu PC escrever este post. Bem, agora tenho que ir discutir a próxima jornada na casa do Salazar, parece que ele anda por lá organizar uma petiscada para o derby.
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